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  • Conclu mos dessa maneira para usar express

    2019-04-28

    Concluímos, dessa maneira, para usar expressões propostas por Regina Crespo, que how to dilute a solution Araucaria de Chile foi, a um só tempo, uma re-vista “baluarte cultural”, já que publicou trabalhos literários e artísticos diversos, e, em dados momentos, porta-voz de um projeto coletivo de determinado partido, o pcch, ainda que de uma maneira não sistemática e oficiosa. Torna-se importante que façamos uma ressalva no sentido de perceber que Araucaria de Chile foi uma revista produzida sob a condição do exílio, durante a ditadura pinochetista, e que, portanto, embora tenha divulgado, ainda que indiretamente, projetos políticos dentro das esquerdas, sobretudo de acordo com a cultura política comunista, posicionou-se, fundamentalmente e anterior a qualquer defesa de um projeto específico, como um impresso importante de resistência política. Categoricamente, podemos afirmar que o que uniu todos os intelectuais colaboradores de Araucaria de Chile não foram as diretrizes políticas do pcch –visto que talvez a minoria se identificasse integralmente com elas–, mas, sim, o exílio e o interesse no restabelecimento da democracia no Chile e, por extensão, nos demais países do Cone Sul submetidos às ditaduras militares. Feita a ressalva, acreditamos, por fim, que, do ponto de vista do pensamento político dos intelectuais que publicaram em Araucaria de Chile e que foram aqui analisados, em consonância com o pensamento do pcch, as experiências revolucionárias cubana e sandinista tenham servido de modelo recente e próximo –na perspectiva temporal e das condições políticas, guardados os respectivos contextos– para os países latino-americanos que viviam sob governos militares autoritários, como o Chile de Pinochet. Modelo, aqui, no sentido de ser possível a mobilização popular e a realização de transformações sociais e políticas de modo a alcançar maior justiça social e, fundamentalmente, a democracia. Em Araucaria de Chile, o posicionamento favorável aos movimentos revolucionários de esquerda, bem como a oposição às ditaduras militares por parte de colaboradores como Julio Cortázar, Mario Benedetti e Eduardo Galeano, por exemplo, certamente se inseriu em um contexto de Guerra Fria e de forte engajamento dos intelectuais latino-americanos, impulsionando-os para a cena pública, de modo que a intervenção nos assuntos políticos tornou-se praticamente inevitável. Para o caso específico dos chilenos, como apontou Rolando Álvarez Vallejos, a Nicarágua dos sandinistas consistiu em um efetivo exemplo para os comunistas no que diz respeito à possibilidade e esperança de adesão espontânea de jovens militantes no movimento de radicalização política contra Pinochet. Podemos lembrar também, ainda de acordo com Vallejos, que muitos militantes comunistas chilenos tiveram formação militar em Cuba, atuando muitos deles, posteriormente, no processo revolucionário nicaraguense. Com base nessas informações, é possível afirmar que as experiências revolucionárias cubana e sandinista serviram, de fato, de inspiração para as teses militaristas desenvolvidas no interior do pcch, corroborando nossa hipótese de que a veiculação, sobretudo ao longo da década de 1980, de representações positivas acerca das revoluções armadas em Cuba e na Nicarágua, pela revista Araucaria de Chile, não se consumou por mera casualidade, dialogando diretamente com a postura combativa insurrecional do partido que a financiava e do qual eram integrantes influentes seu diretor e seu principal editor, respectivamente, Volodia Teitelboim e Carlos Orellana. Assim, como forma de epílogo que ligue essa ideia central defendida por nós, citamos o editorial de lançamento da revista Araucaria de Chile, que, em 1978, afirmava: Bien se sabe que Chile no es una isla ni su tragedia combate un accidente ni un caso de excepción en América Latina. Su situación se conecta a los planes del imperio e integra el contexto de un continente donde grandes manchones ilustran el drama común de sus pueblos y sus intelectuales. Araucaria, siendo criatura de Chile, forma parte del paisaje andino y de la ecología continental. Mantendrá abierta su puerta para recibir, como a un how to dilute a solution hermano, el pensamiento revolucionario creador de América Latina.
    El simple hecho de invocar la noción de “tradiciones literarias americanas” conlleva una toma de postura teórico-metodológica frente a los enfoques que han dominado en el estudio de las culturas de los pueblos originarios, articulados en torno a distinciones como oralidad vs. escritura, sociedades tribales vs. sociedades con Estado, incluso pueblos primitivos vs. pueblos civilizados. Sobre todo el estudio intensivo de grupos amazónicos ha echado por tierra la suposición, epitomada por las Mitológicas de Claude Lévi-Strauss, de que “los pueblos tribales son ‘culturas sin escritura’ [demostrando que éste] es uno de los errores más persistentes de la etnología.”